quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Praça Gal. Andréa

historia da cidade, como:

Por Alex Dias Borges e Viviane Rocha Teixeira


Arquivo pessoal dos autores
Esta Praça foi o primeiro local que, depois de demarcado, serviu de base para a construção da povoação, hoje Santa Vitória do Palmar. O Gal. José Francisco Soares de Andréa, autoridade máxima de província, atendeu aos apelos de alguns sesmeiros para demarcar um burgo e fundar um local para instalar uma capela - ao redor desta, consequentemente, surgiu a cidade de Santa Vitória do Palmar.
Esse engenheiro, depois de uma visita rápida pelas redondezas, resolveu demarcar um quadrilátero para a criação de um logradouro de onde saíram todas as ruas da povoação, com 18 metros de largura e comprimento de 110 metros.


 Arquivo pessoal dos autores
Dois fatos importantes demarcaram essa obra: em primeiro lugar, ao invés de enquadrá-la no sentido dos pontos cardeais, alterou a posição para que a mesma não tivesse a feitura tradicional nas povoações da época. Talvez esse fato haja sido estabelecido para evitar que os ventos que são fortes e constantes, não circulassem livremente, tratando da vida difícil em todas as estações do ano. 
Em segundo momento, o demarcador colocou a praça no segundo local mais alto da região que pela sua competência de engenheiro, nos fez um grande bem, já que por este lado não acontecem enchentes violentas como em outras localidades que assistimos em várias cidades do mundo. Dessa postura surgiu nossa cidade com ruas largas e retas, que em sua visão, por mais de 150 anos, não apresenta as dificuldades como vemos em outros lugares.
Arquivo pessoal dos autores

A praça possui diversos monumentos, em especial os bustos do Comendador Manoel Correa Mirapalhete (fundador de Santa Vitória do Palmar), Manoel Vicente do Amaral (republicano histórico), e a Santa Vitória, da qual a família de Marechal Soares de Andréa (presidente da Província do RS) era devota, dando nome à cidade em sua homenagem. A praça é bem arborizada, possui uma rosa dos ventos localizada ao centro da praça, que é circundada por palmeiras, e um palanque do qual era usado na época da ditadura militar onde só os nobres influentes podiam utilizá-lo, hoje ele é utilizado para os desfiles cívicos do dia da independência do Brasil 7 de setembro e o dia da revolução farroupilha 20 de setembro, nesses momentos ficam as autoridades do município ali presente.

Busto do Comendador Manoel Correa Mirapalhete
O Comendador Manoel Correa Mirapalhete foi um homem muito influente na cidade. O mesmo solicitou ao Marechal Francisco José Soares de Andréa que demarcasse um local para ser construída a igreja e Praça General Andréa, desde então foi fundado a povoação e após a cidade. (RODRIGUES, p 25).
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Estátua de Santa Vitória
Esta estátua e o símbolo do nome da cidade “Santa Vitória” que foi escolhido porque esse era o nome da santa de devoção da família Andréa, sua esposa chamava-se Germana Vitória e um dos filhos José da Vitória.
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A cidade passou a ser chamada de Santa Vitória do Palmar em dezembro de 1888, sendo assim denominou-se: Vitória em homenagem a Santa e, Palmar devido à existência de grande quantidade de palmeiras na região (DE MELLO, p 66).

Busto em homenagem ao Dr. Manoel Vicente do Amaral
Foi intendente (prefeito) do município. Lutou pela construção do porto e pela estrada que o ligasse a cidade. Chegou até a ocupar a presidência, ao lado de figuras como: Julio de Castilhos, entre outros (AZAMBUJA, p.115).

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Palanque Oficial
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Foi construído no ano de 1969, período em que o município era área de segurança nacional por sua condição de fronteira. Foi erguido pela prefeitura municipal e trata-se de um exemplar da época da ditadura militar. Possui local para acendimento de fogo simbólico e colocação de bandeiras em mastros removíveis (CARTILHA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, PET Turismo FURG, 2014).


Rosa dos Ventos
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Localizada no centro da Praça General Andréa, a Rosa dos Ventos e composta pelos pontos cardeais e colaterais que indicam com precisão as posições geográficas. Norte, Noroeste, Nordeste, Sul, Sudeste, Sudoeste, Leste e Oeste. (CARTILHA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, PET Turismo FURG, 2014).

Escultura em homenagem as mães
Representa três fases no relacionamento de mãe e filho: a primeira, onde a criança é totalmente dependente da mãe; no outro momento, o filho e a mãe apoiam-se um ao outro e por último a filha apoia a mãe.


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Monumento em homenagem ao centenário de Santa Vitória do Palmar
O processo de ocupação teve início no século XVIII, época em que ocorreram disputas pelas terras entre espanhóis e portugueses. Pelo tratado de Santo Idelfonso, de 1777, o município passou a ser uma região neutra denominada: “campos neutrais” (RODRIGUES, p 17).
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Monumento em homenagem ao cinquentenário de Santa Vitória do Palmar 1888- 1938

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Santa Vitória do Palmar foi construída em torno de uma praça, na forma de um tabuleiro de xadrez, ou seja, ruas retas, e espaços quadriculares. Segundo Randle (1977) o traçado quadricular é a primeira imagem que se associa quando se pergunta pela forma urbana das cidades pampeanas. O traçado quadricular encaixa-se melhor nos movimentos de fronteira e ocupação de novos territórios. Todas as cidades constituídas dessa forma (traçado quadricular) caracterizam-se por apresentar uma estrutura quase homogênea, que possuem elementos básicos comuns a todas elas: a praça (centro das funções urbanas), a rua comercial, o cemitério, o matadouro, a área de remates feiras.
A Praça General Andréa, em Santa Vitória do Palmar, constitui um centro diferencial; as outras praças existentes na cidade vão estar subordinadas à principal. Em seu entorno temos a igreja e os prédios mais importantes, como Prefeitura (situada a uma quadra da mesma), Teatro, Clube Comercial, a casa da família Correa Mirapalhete (fundador da cidade), bancos e uma série de construções edificadas pela população que consolidou a formação do núcleo urbano. Essa área em torno é definida como o centro cívico, local no qual acontecem os principais eventos do município. Corresponde ao lugar designado para as cerimônias formais. Constitui um elemento principal de existência, e, durante o período inicial, caracteriza-se como o centro de todas as funções urbanas.




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Referências:

FERREIRA, Lenize Rodrigues. Transformações na paisagem urbana de Santa Vitória do Palmar-RS: relações sociais, políticas habitacionais e a produção da cidade, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Fundação de economia e estatística. RS. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Desktop/artigo%20svp.pdf> Acesso em: 12 de nov. 2015.

CARTILHA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Vitória do Palmar – RS, PET- Turismo FURG campus Santa Vitória do Palmar. 2014.  
PÁGINA DA PREFEITURA DE SANTA VITÓRIA DO PALMAR. Boletim Cultural, Um informativo do Departamento de Comunicações da Prefeitura Municipal de Santa Vitória do Palmar. Como surgiu a Praça General Andréa. Santa Vitória do Palmar, 12 nov. 2015. Disponível em: <https://www.facebook.com/Prefeitura-de-Santa-Vit%C3%B3ria-do-Palmar-1461995174105879/?fref=ts > Acesso em: 12 nov. 2015.

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